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SIGNIFICÂNCIA PROGNÓSTICA DA FIBROSE MIOCÁRDICA EM CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA

  • Dr. Alexandre Volney Villa
  • 14 de jun. de 2016
  • 2 min de leitura

Resumo: Este estudo, com mais de 200 pacientes, demonstrou o valor da ressonância magnética com realce tardio em identificar e quantificar a fibrose miocárdica em pacientes com cardiomiopatia hipertrófica. Foi possível demonstrar que esta técnica é capaz de estratificar pacientes com alto risco de eventos adversos. Introdução: A importância da fibrose miocárdica em pacientes com Miocardiopatia Hipertrófica (MCH) é ainda incerta e carece de dados prospectivos para confirmar seu valor em predizer eventos clínicos, principalmente a morte súbita. Objetivo: Avaliar a presença de fibrose miocárdica através da técnica de realce tardio com gadolíneo pela ressonância magnética e seu papel como preditor de eventos clínicos maiores em pacientes portadores de MCH. Métodos: Foram estudados 217 pacientes prospectivamente, nos quais foi avaliada e quantificada a presença de fibrose miocárdica através da ressonância magnética. O seguimento clínico foi de 3,1± 1,7 anos. O desfecho primário foi composto por morte cardiovascular, admissão hospitalar inesperada, taquicardia ventricular sustentada ou fibrilação ventricular, além de terapia apropriada de cardiodesfibriladores implantáveis (CDI). Resultados: Dos pacientes estudados, 63% apresentaram fibrose miocárdica. Desses, 25% manifestaram algum dos desfechos primários. Em contrapartida, apenas 7,4% dos pacientes que não apresentavam fibrose tiveram algum evento clínico (RR 3,4; p =0,006). No grupo com fibrose miocárdica observou-se aumento do risco total relacionado à extensão da fibrose (RR 1,18 para cada aumento de 5% de fibrose em relação à massa miocárdica; p=0,008). Todas as relações se mantiveram significativas estatisticamente após a análise multivariada. Além disso, o desfecho secundário, composto por admissão por insuficiência cardíaca (IC), piora da classe funcional e morte relacionada a IC, foi maior no grupo de pacientes com fibrose (RR 2,5; p=0,021) e esse risco aumentou de acordo com a extensão da fibrose (RR 1,16/ 5% fibrose; p= 0,017) A extensão da fibrose e a presença de taquicardia ventricular não sustentada (TVNS) foram preditores de eventos arrítmicos. Entretanto, após a análise multivariada apenas a TVNS permaneceu como preditor de risco independente. Conclusões: Os autores concluem que em pacientes com miocardiopatia hipertrófica, a presença de fibrose miocárdica identificada através da técnica de realce tardio pela ressonância magnética é um preditor independente de eventos adversos. Perspectivas: A identificação de fibrose miocárdica de forma não invasiva através do realce tardio pela ressonância magnética é uma técnica relativamente recente, porém com valor prognóstico comprovado em pacientes com infarto do miocárdio e miocardiopatia dilatada. Além de excelente correlação histopatológica, esse método tem se mostrado de grande valia como ferramenta na decisão terapêutica de pacientes com miocardiopatia hipertrófica, nos quais o risco de eventos clínicos, principalmente de morte súbita, constitui a principal meta de tratamento com os CDIs. O presente estudo demonstrou que não só a presença de fibrose miocárdica identificável, mas também a extensão dessa fibrose, são importantes fatores de risco para eventos cardíacos maiores, agregando valor prognóstico à decisão e à condução clínica desse perfil de pacientes.

Referência: Prognostic Significance of Myocardial Fibrosis in Hypertrophic Cardiomyopathy. O’Hanlon, R. et al. J. Am. Coll. Cardiol. 2010, 56: 000-00)

FONTE http://cientifico.cardiol.br/cardiosource2/imagem/int_artigo06.asp?cod=102


 
 
 

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